Qual Grau de Artrose Dá Direito à Aposentadoria por Invalidez?

A artrose é uma doença degenerativa que afeta milhões de brasileiros, causando dores, rigidez e limitações físicas que podem comprometer a capacidade de trabalho.

Mas afinal, qual grau de artrose dá direito à aposentadoria por invalidez (ou aposentadoria por incapacidade permanente)?

Neste artigo, o Dr. Gustavo, especialista em Direito Previdenciário, explica em que situações a artrose pode gerar o direito ao benefício, como o INSS avalia os casos e quais provas médicas são indispensáveis.

O que é a Aposentadoria por Incapacidade Permanente?

    A aposentadoria por incapacidade permanente é um benefício previdenciário pago pelo INSS ao segurado que não tem mais condições de exercer sua profissão e não pode ser reabilitado para outra atividade.

    Para ter direito, o trabalhador precisa cumprir alguns requisitos básicos:

    • Estar contribuindo para o INSS (ou estar no chamado “período de graça”);
    • Comprovar, em perícia médica, que está total e permanentemente incapacitado para o trabalho;
    • Ter carência mínima de 12 contribuições mensais, salvo nos casos de acidente de trabalho ou doenças graves listadas pelo Ministério da Saúde.

    Esse benefício é diferente da aposentadoria comum, pois não depende da idade nem do tempo de contribuição — o que realmente importa é a incapacidade para o exercício da profissão.

    Basta Ter Artrose para Conseguir a Aposentadoria?

      Não. O simples diagnóstico de artrose não garante, por si só, o direito à aposentadoria por invalidez.

      O que realmente importa é o impacto funcional da doença na vida profissional do segurado.

      Por exemplo:

      • Uma pessoa com artrose grave nos joelhos pode ser considerada incapaz para continuar trabalhando como pedreiro ou garçom, profissões que exigem esforço físico.
      • Mas o mesmo paciente, se for auxiliar administrativo, pode ser reabilitado para continuar trabalhando sentado, com adaptações.

      👉 O INSS analisa caso a caso — o grau da artrose é relevante, mas a profissão e a possibilidade de reabilitação são fatores decisivos.

      Diferença entre Incapacidade Temporária e Permanente

        O INSS faz distinção entre dois tipos de incapacidade:

        Incapacidade Temporária

          Quando a limitação é tratável ou controlável.
          Nesses casos, o segurado tem direito ao auxílio por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença).

          Incapacidade Permanente

            Quando a doença é irreversível e o segurado não pode mais retornar ao trabalho, nem ser reabilitado para outra função.
            É aqui que entra o direito à aposentadoria por incapacidade permanente.

            O Grau da Artrose é Decisivo?

              Sim, mas não é o único fator.

              A artrose é classificada em graus, que ajudam a avaliar a gravidade da degeneração articular:

              1. Artrose Grau 1 (leve): pequenas alterações na cartilagem, com dor ocasional.
              2. Artrose Grau 2 (moderada): rigidez e dor frequente, mas ainda com movimento preservado.
              3. Artrose Grau 3 (grave): desgaste significativo da articulação, limitação de movimento e dor constante.
              4. Artrose Grau 4 (avançada): perda quase total da cartilagem, deformidades ósseas e incapacidade funcional.

              O grau 3 ou 4 costuma ser o mais associado a incapacidade laboral definitiva, especialmente em profissões que exigem esforço físico.

              Entretanto, o INSS e a Justiça também analisam outros critérios, como:

              • Idade do segurado;
              • Tipo de atividade exercida;
              • Existência de outras doenças associadas (como hérnias, artrite reumatoide, problemas na coluna);
              • Possibilidade de reabilitação profissional.

              📌 Exemplo prático: um motorista com artrose avançada no quadril e joelhos pode não conseguir mais dirigir por longos períodos. Nesse caso, a perícia médica pode reconhecer incapacidade total e permanente.

              Como Funciona o Procedimento no INSS?

                Na prática, o processo geralmente não começa com a aposentadoria por invalidez.

                O caminho mais comum é solicitar primeiro o auxílio por incapacidade temporária (auxílio-doença).

                Durante o tratamento, se ficar comprovado que a doença não apresenta melhora e não há possibilidade de reabilitação, o próprio INSS pode converter o benefício em aposentadoria por incapacidade permanente.

                Esse acompanhamento é fundamental, pois:

                • Permite demonstrar a evolução da doença;
                • Reforça as provas médicas;
                • Mostra que houve tentativas de tratamento antes da aposentadoria definitiva.

                Como Comprovar o Direito ao Benefício

                  A prova médica é o ponto central do processo.

                  O segurado deve apresentar documentos detalhados e atualizados, como:

                  • Exames de imagem: raio-X, ressonância magnética, tomografia;
                  • Laudos e relatórios médicos que descrevam o diagnóstico, o histórico e as limitações;
                  • Atestados que comprovem o uso contínuo de medicamentos, fisioterapia ou outras terapias;
                  • Parecer de especialista (ortopedista ou reumatologista).

                  Durante a perícia do INSS, o perito analisará:

                  • Se há incapacidade total (para qualquer trabalho);
                  • Se há incapacidade parcial (para o trabalho habitual, mas não para outra função);
                  • Se a condição é permanente ou temporária.

                  💡 Dica pra você :

                  “Não existe um grau exato de artrose que automaticamente gere aposentadoria. O que define o direito é a incapacidade comprovada, o tipo de profissão e a impossibilidade de reabilitação.”

                  Quando a Justiça Reconhece o Direito Mesmo com Indeferimento do INSS

                    Muitos pedidos de aposentadoria por artrose são negados na via administrativa.
                    Nesses casos, é possível recorrer judicialmente com o apoio de um advogado especializado.

                    Na Justiça, o processo é mais detalhado, pois:

                    • O juiz pode designar uma nova perícia com médico ortopedista;
                    • É possível anexar laudos complementares e testemunhos sobre a limitação funcional;
                    • O tempo de tramitação costuma ser compensado pela retroatividade dos pagamentos.

                    📌 Exemplo real (caso genérico):
                    Uma trabalhadora de 58 anos, com artrose grau 4 nos joelhos e laudo comprovando incapacidade para ficar em pé, teve o pedido negado pelo INSS. Após ação judicial, o juiz reconheceu a incapacidade total e concedeu a aposentadoria por invalidez com pagamento retroativo.

                    Perguntas Frequentes

                    1. Qual grau de artrose dá direito à aposentadoria?

                        Geralmente, artrose grau 3 ou 4, quando causa dor intensa, limitações de movimento e impede o trabalho, pode dar direito à aposentadoria por incapacidade permanente.

                        2. Posso me aposentar com artrose leve?

                          Normalmente não. Casos leves ou moderados dão direito apenas ao auxílio por incapacidade temporária, se houver afastamento médico.

                          3. O INSS considera a idade na análise?

                            Sim. Idade avançada pode dificultar a reabilitação profissional, aumentando as chances de concessão do benefício.

                            4. Quem tem artrose precisa de advogado para se aposentar?

                              Não é obrigatório, mas é altamente recomendado, especialmente se o pedido for negado ou se o segurado tiver mais de uma doença associada.

                              Quando a Artrose Garante o Direito à Aposentadoria ?

                                A artrose dá direito à aposentadoria por invalidez quando há incapacidade total e permanente para o trabalho, confirmada por laudos médicos e perícia do INSS.

                                Na maioria dos casos, isso ocorre em graus avançados (3 e 4) da doença, quando o paciente não pode mais exercer sua função nem ser reabilitado para outra atividade.

                                Mensagem do Dr. Gustavo: “Cada caso é único. O segredo está em reunir toda a documentação médica e demonstrar que, mesmo com tratamento, a artrose impossibilita o trabalho de forma definitiva.”

                                Se você está enfrentando limitações por causa da artrose e tem dúvidas sobre o seu direito, procure orientação especializada.

                                A equipe do Araújo Branco pode ajudar você a entender seu caso, reunir provas médicas e dar entrada no benefício corretamente.

                                Entre em contato agora mesmo e descubra se você tem direito à aposentadoria por incapacidade permanente.

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